Quem já assistiu à animação da Disney “Hércules” devem se lembrar das musas que narravam a
história do herói. Isso porque a figura das musas ainda é presente no mundo ocidentalizado de hoje, afinal, quem nunca ouviu falar de “musa inspiradora”.Não vou me aprofundar na história das musas, mesmo porque desde sua primeira citação registrada por Hesíodo, até tomarem uma imagem fixa na Grécia Clássica, muitas variações aconteceram, mas o certo é que o número de Musas foi fixado em nove. Cada uma sendo a inspiração de determinada arte (Música, Dança, Astronomia, Retórica, Poesia, História, Lírica, Tragédia e a Comédia).
Mas, dessas nove musas, uma muito me atrai: Tália!
Tália era uma musa que possuía como símbolo uma máscara cômica e um cajado. Sim, era a musa da comédia. Era festiva e possuía muita alegria, como diz seu nome. Ela inspirava os grandes autores como Aristófanes a criarem obras que divertissem o público de uma maneira leve e relaxante. Enquanto nas tragédias o objetivo era chocar e levar o público a compartilhar a dor das personagens, a comédia grega era escrachada, cínica e crítica. Os atenienses riam dos seus problemas, do seu cotidiano, da sua própria vida caricaturada nos palcos teatrais.Se pelo menos a essência da comédia ainda existe, então vamos rir mais. Vamos levar a sério o que for sério e brincar da brincadeira. E se for para inverter, então façamos da Tragédia uma Comédia, mas nunca o contrário. Comédia é uma arte, vamos valorizá-la.
O nome “Musas” pode estar relacionado com o verbo grego manthánein (aprender) então, vamos tentar aprender algo com elas. Não vamos assustar Tália, ao contrário, vamos convidá-la para fazer parte de nossas vidas. Vamos dar risadas com ela e deixemos que ela também se divirta conosco.
